Aproveito este post para recuperar tempo perdido e falar de algumas coisas que se passaram entretanto.

Fui um daqueles que esteve presente no Estádio da Luz a assistir à final do campeonato da Europa. Foi uma festa bonita mas faltou chama ao público português e também aos jogadores. Faltou ambição e coração a todos.

Após a anestesia que foi o europeu nós, portugueses, acordámos e vimos que Barroso tinha saído. Desgraça de país onde os últimos três Primeiro ministros se demitiram de funções. Por outras palavras somos ingovernáveis.

Santana Lopes chegou. Sem eleições, o novo PM anda numa roda viva sempre com Sampaio a observar o show que ele próprio montou.

Uma coisa Santana não conseguirá...tirar os ministros da Kapital...o pessoal do Norte anda possesso. Sempre a lutar contra o centralismo de Lisboa (capital do Império) e de repente saem-lhe logo duas capitais.

Sampaio acabou politicamente. Temos PM mas não temos PR. Aliás, tenho dito desde sempre e acho que aqui já o escrevi que o discurso da serenidade repetido à exausatão revela uma grande falta de coragem política. Quanto a mim tivemos o PR mais ausente desde o 25 de Abril.

Eu, defensor de eleições não me conformo. Esta maioria não foi sufragada (resulta de uma coligação pós-eleitoral) e foi derrotada nas europeias de uma forma clara. Se Sampaio tinha dúvidas deveria ter convocado eleições (ele que lutou pela democracia, negou-a com a sua decisão). Agora vamos ter um governo ainda mais à direita só refreado pela próximidade de eleições (o poder...sempre o poder).

Já agora só uma nota final. A propósito do discurso político do governo de Durão acerca da produtividade e competência...temos uma gestão da TAP demissionário por causa de um presidente do conselho de administação que é, reconhecidamente, um incompetente. Na hora da verdade vemos que todos aqueles que trabalham fazem mais pela produtividade deste país do que todos os políticos. O vazio será sempre o vazio.

PASSÁMOS À FINAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

VIVA PORTUGAL.

E agora uma história política (obra ficcional)

Era uma vez um senhor que era professor universitário no estrangeiro e que, inesperadamente, foi chamado para servir o país como ministro. Tomando o gosto à actividade política por cá foi ficando tendo, alguns anos mais tarde chegado a primeiro ministro, cargo de elevada responsabilidade, que aceitou com sentido de missão e dever patriótico (um trabalho como outro qualquer ao fim ao cabo. Sim porque está mais que visto que renasceu Portugal em cada português).

Acontece que com as eleições europeias (as eleições são mais ou menos as assembleias gerais de accionistas das empresas) o referido senhor sentiu-se desmotivado, enfim, um incompreendido. Vai daí e começou a mandar uns Curriculos para ver se tinha sorte. É ao fim ao cabo aquilo que qualquer um de nós faz.

E...teve sorte...melhor salário, regalias sociais de arromba, etc.

Falou com a esposa e filhos e aceitou o novo emprego. Não há pessoas insubstituiveis e também como já ninguém gostava dele...

E agora? quem vai ocupar o seu lugar? Bom, ele não está preocupado. Por ele até pode ser o gajo das fotocópias. Afinal também este homem conhece todos os dossiers (é ele que os fotocopia).

Parece que um Don Juan de Lopes será o substituto. Mas muita gente não gosta dele...o ex namorado da melhor amiga do "parceiro" de coligação. Isto não vai acabar bem.

É claro que daqui a uma semana, ser primeiro ministro não vai ser nada importante, nem presidente da república. O que vai estar a dar é ser presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

Viva Portugal!!!!!