segunda-feira, outubro 27, 2003

Acabou a primeira parte da entrevista ao Presidente da República. Está a corresponder às minhas expectativas.

Falta este tipo de discurso à oposição.

quinta-feira, outubro 23, 2003

O PS anda completamente atordoado com esta história toda que, convenhamos, tem sido mal gerida.

É notória a estratégia política do governo relativamente a este assunto: distanciamento, poucos comentários, um silêncio que em certa medida começou a irritar os responsáveis socialistas, no sentido em que estes estavam debaixo de fogo por causa do deputado Paulo Pedroso, sem que houvesse qualquer reacção relativamente ao processo por parte da maioria, o que tirou margem de manobra política ao PS. Recordo que aquando do caso Moderna o CDS-PP organizou uma manifestação de apoio ao seu presidente (onde parava em tão a separação de poderes) insinuando a ligação de alguns advogados dos arguidos ao PS (se isto não foi politizar o caso...).

Outro facto que contribui para o crescente desnorte do PS (mas quem os pode censurar neste aspecto) foi a postura do Procurador Geral da República. Efectivamente se houve alguém que desde o primeiro momento teve uma postura tendenciosa foi o PGR, tanto mais que o seu nome foi proposto pelo PSD, o que significa que qualquer atitude tomada pode sempre ter uma interpretação política por parte da oposição. O PGR já deveria ter sido demitido por manifesta incapacidade de gestão do processo. Desde comentários infelizes e desajustados, a uma inabilidade na gestão da fuga ao segredo de justiça, nunca tendo mostrado vontade de minorar o problema, à defesa clara da posição do ministério público quando o seu cargo obrigava a uma posição neutral, enfim, só asneiras.


Mas, o problema reside no facto de o PS, do meu ponto de vista, ter cometido alguns erros graves na gestão deste processo.

- O deputado Paulo Pedroso nunca deveria ter ido ao Parlamento no dia da sua libertação, ou então (uma vez que entendo que a sua ida tenha um simbolismo pessoal forte) a máquina partidária não deveria ter realizado aquela recepção.
- O episódio das escutas telefónicas deveria ser abordado de outra forma, isto é, a tónica deveria ter sido posta na legalidade das escutas, uma vez que os indivíduos escutados não são arguidos em nenhum processo. Do ponto de vista político Ferro Rodrigues deveria ter dito desde o início que não comentava as escutas feitas a ele e a outros membros do partido exceptuando Paulo Pedroso, já que entendia que as mesmas eram ilegais e exigindo ao Procurador a fundamentação da relevância daquelas escutas podendo então sim, se a resposta não fosse convincente por parte do procurador, dar relevância política ao caso (apenas naquilo que diz respetio às escutas).

Não tendo feito isto Ferro Rodrigues está limitado na sua acção política já que tem de gerir diariamente as notícias sobre as "pressões sobre a justiça", não conseguindo o PS passar para o país a ideia de que está a "fazer coisas" nos domínios da política interna e externa sendo uma alternativa credivel ao actual governo.

Não querendo desvalorizar o facto da semana, covém lembrar que o Presidente da República falou. Quando proferiu a palavra "serenidade" confesso que fiquei logo enjoado. Não me lembro de alguém que durante tanto tempo tenha apelado à serenidade. É nos incêndios, é na justiça, é em todo o lado. Se é para se dizer sistemáticamente a mesma coisa proponho que se escolha para presidente uma gravação da palavra "serenidade".

Aquele senhor é o Presidente e em determinados momentos deve impor a sua magistratura, dando sinais claros de que ele tem intervenção política relevante para o país.

O facto mais relevante destes dias foi a discussão entre a Moura Guedes e o Sousa Tavares. Confesso que não vi porque tenho fortes anticorpos àquela sujeita que pensa que é jornalista e que é um dos expoentes máximos da cunha em Portugal. Só assim se percebe que uma pessoa com aquele estilo apresente um noticiário em Portugal. Quanto ao Miguel Sousa Tavares sugiro que faça comentários noutro país, talvez no Equador.

segunda-feira, outubro 20, 2003

Ouvi na Sic Notícias o Eng.º Ângelo Correia a dizer ao Dr. João Soares que o PS aprovou a lei de alterações ao código do processo penal enquanto governo, e que por isso não entende como é possível vir agora o mesmo partido dizer que as coisas tão mal e que é necessário regulamentar as escutas e outras coisas mais.

Ao dizer isto Ângelo Correia admite aquilo que todos nós já sabemos... os polítcos não percebem nada daquilo que se passa na vida das pessoas comuns, que todos os dias vão trabalhar, que pagam os seus impostos, que andam de transportes públicos, e tudo o resto. Por isso é que quando acontece qualquer coisa que os trás para o mundo real começam logo a queixar-se que o sistema não funciona.

Se só assim é que este país evolui então que prendam mais deputados, que demitam ministros e secretários de Estado... que... que... os obriguem a ser honestos e conhecedores do país real.

domingo, outubro 19, 2003

Mais escutas telefónicas publicadas nos jornais. Chega a ser cómico.

As nossas vidas devem andar ao desbarato pelos bancos e organismos do Estado para quem quiser ver. Vergonhoso.

Vitória sofrida mas vitória do grande Benfica.

segunda-feira, outubro 13, 2003

Espanha conseguiu!! ainda não é a presença no Euro 2004. São os barcos que ai estão a chegar para pescarem. Há coisas que eu não percebo.

E mais não digo porque estou mais triste do que estava.

A única coisa que posso dizer é que a deputada do PS estava em dois canais ao mesmo tempo a dizer as mesmas coisas de uma forma brilhante acrescento e a meter aqueles jornalistas donos do mundo (eu por acaso até gosto do Rodrigo) no seu lugar.

Mais não digo porque estou triste.

Hoje existe muita matéria para comentar. As declarações da Ana Gomes, o comunicado do Procurador, as perguntas dos jornalistas, etc.

Não sei porquê mas não me apetece fazê-lo. Estou um pouco decepcionado com a situação actual.

sábado, outubro 11, 2003

Esta história de realizar o referendo no mesmo dia das eleições europeias como propõe o Primeiro Ministro, só pode ser uma brincadeira de mau gosto.

Um referendo é uma consulta que deverá ser separada de qualquer manifestação de carácter partidário ou eleitoral. Com a justificação de que com a realização do referendo no mesmo dia das eleições se consegue uma participação maior e que torna o referendo vinculativo, os políticos assumem claramente que não têm capacidade para mobilizar a população para uma questão tão importante como a evolução da União Europeia e a proposta de constituição europeia. Por outro lado, pode existir a tentativa de colar o resultado das eleições ao resultado do referendo, ou seja, o Primeiro Ministro julgará que o partido de que é responsável máximo coligado com o partido do Ministro Portas irá ganhar as eleições europeias e que poderá existir a tendência natural para que quem vote nestes dois partidos vote na posição defendida pelos mesmos no que ao referendo diz respeito.

É uma associação perigosa e desonesta.

quarta-feira, outubro 08, 2003

Hoje assisti na televisão a um espectáculo deplorável do jornalismo português na cobertura da libertação do deputado Paulo Pedroso.

Gostaria de destacar a jornalista da SIC na sua ânsia por fazer interpretações políticas da chegada do homem ao parlamento. A todos os titulos lamentável.

terça-feira, outubro 07, 2003

Depois de um fim-de-semana desportivo eis-me de volta a este meu pequeno espaço. Só não o fiz ontem porque o acesso à net tem estado insuportávelmente instável.

Hoje demitiu-se o MNE. Razões familiares estão na origem do pedido.

Este tipo de situações provoca sempre um misto de sentimentos no "povo" que depende de muitas coisas, como por exemplo, a filiação partidária, a simpatia pela pessoa em causa, enfim, muitas coisas.

Existem aqui dois momentos importantes que, regra geral, andam lado a lado com o desenvolvimento deste tipo de casos e que revelam muito da mentalidade dos portugueses. Esses dois momentos são... o antes e o depois.

O antes:

(sai a notícia)

- Aquele gajo! francamente! estes políticos são todos corruptos. Só querem é tacho.
- Ainda por cima diz que não fez nada de mal. Não se demite. São todos iguais.


O depois

(demissão)

- Ele diz que a filha está a sofrer. Coitadinha. Eu se calhar fazia a mesma coisa.
- O homem nem fez por mal. Já viram o que é a filha ir estudar para o estrangeiro. não está certo.


Esta caricatura serve para dizer que:

- O MNE tinha que se demitir, assim como o fez o ME.
- A maioria dos portugueses percebe a mentalidade dos "esquemas" e "cunhas".
- Às vezes o que revela a indignação das pessoas é um sentimento de inveja pelo facto de não estarem num lugar de poder para fazerem exactamente a mesma coisa.

É por estas e por outras que o país está como está.






sábado, outubro 04, 2003

agora sim!!!

o mail funciona!! Estou contente. Obrigado amigo.

Como agradecimento aqui está um link para o "fogo cruzado".

quinta-feira, outubro 02, 2003

É evidente que o mail não é um link. É também evidente que eu não percebo grande coisa de HTML.

Se já alguém tentou mandar algum mail, coisa que não acredito, deve ter ido aqui ao lado onde diz correio bla bla bla.
Eu até já tentei pôr aqui só o endereço de mail mas...

Dizia eu que qualquer pessoa que ali clique não chega a lado nenhum. Poderão perguntar: "mas este gajo é estúpido? deve estar a pensar que eu vou abrir o mail e escrever aqui este endereço para dizer qualquer coisa sobre as porcarias que estão aqui escritas? eu até vim parar aqui por acidente!"

A verdade é que EU NÃO SEI PÔR O ENDEREÇO A DISPARAR DIRECTAMENTE PARA A MENSAGEM DE NOVO CORREIO.

Pelo facto peço desculpa a quem por manifesta falta de coisas para fazer tentou comunicar aqui com o rato.

é incrível a promiscuidade entre jornalistas desportivos e clubes de futebol. Acho que até deveria ser investigado o assunto. Basta assistir a alguns comentários a jogos de futebol para se perceber que andam por ali coisas estranhas.